17/11/2009

Comunique com eficácia!


Se é sua preocupação que a comunicação em que está envolvido enquanto EMISSOR seja eficaz, deve ter sempre alguns cuidados:

Lembre-se: a comunicação começa em si, mas é processada na mente de outra pessoa.

O que importa não é apenas o que diz, mas o que a outra pessoa entende do que foi dito. Tecnicamente, é um emissor que passa a sua ideia por símbolos (palavras, imagens e gestos) a outra pessoa. O receptor da mensagem descodifica-a (lê ou ouve o que foi dito) e interpreta-a, chegando à sua compreensão.

1. Defina o objectivo da comunicação.
Pergunte-se qual o resultado que pretende atingir com a comunicação (gerir um conflito, receber uma instrução, fechar um negócio ou vender uma ideia). Pode parecer estranho, mas grande parte das comunicações feitas nas empresas são ambíguas, dando margem a muitas interpretações por parte de quem as recebe.

2. Antes de comunicar, clarifique as suas próprias ideias.
Definido "o que" você quer, a próxima etapa é "como" transmiti-lo. Deve fazer a si próprio algumas perguntas. Está claro para mim o que pretendo comunicar? Como o farei? Quem são as pessoas envolvidas? Esta comunicação é mesmo necessária? Se eu não a fizer, quais serão as consequências? Nem sempre precisará de fazer todas estas perguntas, mas não se lance num diálogo importante sem que as respostas estejam bem claras na sua cabeça.

3. Seja objectivo, claro e conciso.
Nada é mais irritante e enfadonho do que o interlocutor perder-se em devaneios, ser impreciso e ambíguo quanto a detalhes ou então desviar-se constantemente do objectivo da conversa. O assunto não flui, enquanto o desconforto e a ansiedade crescem. Os segredos duma boa conversa são a objectividade (seja directo), a clareza (não misture assuntos) e seja conciso (não diga em 50 palavras o que pode dizer em 5).

4. Respeite os outros.
Já conversou com alguém que é constantemente interrompido por pessoas que entram na sala, por telefonemas, ou que pede licença para tratar dum assunto urgente? Gostou da experiência? Já tentou apurar se não faz o mesmo aos outros? Durante uma conversa, evite todo o tipo de interrupções que possam demonstrar falta de interesse da sua parte. Fuja dos termos técnicos e gírias que possam dificultar o entendimento. Sobretudo, não se irrite nem se mostre excitado se o interlocutor manifestar uma opinião diferente da sua. Tranquilidade, diálogo e boa vontade mútua dissolvem qualquer desentendimento.

5. Coloque-se no lugar da outra pessoa.
Utilize o universo linguístico familiar ao interlocutor e considere também o nível intelectual de quem está à sua frente. Uma linguagem elaborada pode causar excelente impressão num almoço de negócios, mas não funcionar com a recepcionista ou com o paquete. Ponha-se no lugar da outra pessoa e pergunte-se se o que você está a dizer faz algum sentido para ela. É tão importante compreender como ser compreendido.

6. Faça perguntas.
Ao colocar perguntas oportunas pode facilitar o diálogo e fazer fluir a conversa, desde que não a transforme num interrogatório policial. As perguntas esclarecem pontos obscuros; auxiliam pessoas tímidas a responderem a questões e a desenvolverem o seu raciocínio; fazem as pessoas pouco objectivas voltarem ao assunto e sentirem-se importantes, dando-lhes confiança para falarem melhor. Mas, sobretudo, fazer perguntas demonstra leva a sério a obtenção de informações, além de o auxiliarem a marcar o ritmo do diálogo. Faça perguntas e seja um ouvinte atento.

7. Harmonize linguagem verbal e não verbal.
Tome consciência de que quando comunica, o faz através das duas linguagens: a verbal e a não verbal. Usa a palavra, mas também lhe dá uma entoação distinta em distintos momentos. A sua cara expressa em gestos o que está sentindo ao falar, gesticula e move-se de uma forma determinada, altera o ritmo da sua voz e da respiração, etc. Ou seja, está a usar, sem parar, a linguagem não verbal e tem de ter presente a carga dinâmica que esta tem; a linguagem não verbal tem um grande poder na  comunicação interpessoal. O que faz que a sua mensagem seja aceite ou rejeitada, não é o que diz, mas sim a forma como o diz.

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